quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Química da Água




A água é o elemento mais importante do aquário, ela é vida e veiculo para os diversos animais que nele habitam. O aquarista deve atentar para cuidar e mantê-la sempre dentro das condições básicas exigidas e evitar que os elementos nocivos nela inseridos, como restos de comida, folhas de plantas mortas, fezes e urina dos peixes, parasitas, etc. sejam eliminados e retirados. São inúmeros os cuidados que devemos tomar, inclusive na escolha da água que usaremos no nosso aquário, abaixo estão os itens mais importantes para que tenhamos o ecossistema do aquário o mais sadio possível.

Quando montamos o nosso aquário e colocamos finalmente a água, devemos esperar antes de colocar os seus habitantes (os peixes), isto para que seja feito o processo de "maturação" da mesma, isto leva em média de 2 a 3 semanas. Neste período a água irá sofrer processos físicos, químicos e biológicos. Muitos aquaristas, durante estes primeiros dias, assustam-se ao notar que aquela água cristalina, após sofrer as reações iniciais fica um pouco turva e leitosa, isto é normal, pois é um processo que está ocorrendo que é a proliferação de bactérias. Não há que se preocupar, após alguns dias e com o uso do filtro, a água novamente  tornar-se-á límpida e transparente e é assim que se deverá manter, exigindo apenas cuidados de manutenção através de sifonagens e trocas parciais.

A cor da água é o melhor indicativo para o aquarista de possíveis problemas no aquário e são 4 as condições de cor possíveis de dar este aviso de:  tudo O.k. !, cautela, cuidado e socorro.

CRISTALINA...  É como deve ser a água do aquário, isto indica que ph, dh e todos os elementos nela contidos estão estabilizados e os peixes de boa saúde.

TURVA... Esta condição da água indica uma proliferação de bactérias, que pode estar sendo provocada pela falta de cuidados, excesso de excrementos ou restos de comida no substrato e até por excesso de peixes (superpopulação) no aquário. Se o problema for excesso de excrementos ou restos de comida no substrato, devemos fazer uma boa sifonagem no substrato e neste caso não é aconselhável apenas à troca de água, pois isto iria provocar um aumento a mais de bactérias, o correto é fazer a sifonagem e uma boa filtragem utilizando um bom filtro que a água voltará a ser cristalina.

VERDE... Quando isto ocorre, devemos tomar cuidados e verificar se não está ocorrendo um excesso de algas verdes que apesar de serem benéficas e servirem de alimentos para a maioria dos peixes, pode provocar dois problemas. O primeiro é quanto ao visual (aspecto) do aquário que fica prejudicado  e o segundo e mais sério é que o excesso de algas verdes microscópicas concorre com os peixes pelo oxigênio e também que estas algas ao morrer provocam a formação de gás carbônico que é prejudicial aos peixes e pode até matá-los. 

O modo de controlar as algas verdes é através do controle da iluminação. Basta diminuir a iluminação e fazer uma boa limpeza dos vidros do aquário (existem técnicas para isto) e as algas verdes estarão sob controle.

MARROM... Esta condição da água é séria e é provocada por uma insuficiência de luminosidade que provoca a falta de oxigênio dissolvido na água devido a pouca função clorofiliana e que irá gerar o aparecimento de algas marrons (nocivas aos peixes). A solução para esta causa é providenciar uma boa alimentação e as algas marrons irão desaparecer do aquário.

ESCOLHA DA ÁGUA... Alguns aquaristas usam água de torneira, outros água de cisterna, água da chuva, água do rio e até água mineral. Qual é melhor? Não existe diferença na sua composição, o que existe são elementos nela contidos que podem ocasionar danos aos peixes, microorganismos e bactérias úteis no aquário. A primeira água do aquário não representa problema, pois um aquário quando novo exige um tempo depois de montado, quando ficará com os equipamentos ligados e em funcionamento, porém desabitado, isto é chamado popularmente de maturação. A água que será usada para repor o nível pela evaporação,  pela sifonagem e trocas parciais, está exige cuidados, de preferência deve ser da mesma fonte que a água anterior, seja ela de que origem for isto para que não tenha grandes diferenças em seu teor.

Se utilizar água da torneira (água tratada e com cloro), deixe a água descansar num recipiente limpo e adequado por uns 3 dias, e durante o dia movimente umas 4 vezes, ou coloque uma aeração para apressar a evaporação do cloro. Alguns aquariofilistas costumam se valer de alguns recursos, como por exemplo água do chuveiro por ser quente dissipa uma quantidade maior do cloro, diminuindo assim o tempo de evaporação.

Tratar a água quimicamente também costuma ser uma pratica bastante utilizada. Existem vários produtos (condicionadores), que alteram a condição da água a um patamar aceitável aos peixes, removendo cloro e outros elementos nocivos a saúde dos peixes. Porém esbarramos num pequeno problema chamado custo! (risos...)

Particularmente, consegui contornar esse problema fazendo uso de um condicionador que podemos chamar de caseiro, visto que se enquadra na famosa categoria do “FAÇA VOCÊ MESMO”!

Quem quiser fazer uso deste artifício é só seguir a receita:

Nossa água contém por motivos higiênicos pequenos quantidades de cloro e cloramina. Essas substâncias são muito prejudiciais para as plantas e os peixes. O cloro desaparece por si só depois de umas poucas horas, mas a cloramina fica na água por muito tempo. Portanto antes de colocar água em nossos aquários é necessário adicionar um condicionador que neutralize o cloro e a cloramina.

ANTI-CLORO CASEIRO...
A Receita
Os reagentes podem ser conseguidos em farmácias, laboratórios e fornecedores de produtos químicos, são baratos e dada a pouca quantidade necessária irão durar por muito tempo.
100 g de tiosulfito de sódio. (ou hiposulfito de sódio)
Um litro de água destilada.

PREPARAÇÃO...
Dissolva 100g do hiposulfito no litro de água agitando o reservatório. Guarde em uma garrafa fechada em um lugar fresco e arejado e abrigada da luz.

DOSAGEM...
Use 1 gota da solução para cada litro de água, em alguns minutos sua água estará livre do cloro e da cloramina. É conveniente revolver a água, isso assegurará uma oxigenação e eliminação dos excessos do tiosulfito (hiposulfito).

ADICIONANDO BABOSA (Aloe Vera)
Para preservar a integridade do peixe usamos um extrato de Aloe Vera que é um colóide orgânico que forma uma película sobre o corpo, preservando o seu muco natural.

PREPARAÇÃO...
Corte uma folha de babosa (folha grossa). Corte o equivalente a uns 3 cubos de gelo, retire a casca grossa e deixe somente a substância gelatinosa que tem no seu interior e adicione a solução que fizemos com o hiposulfito de sódio.


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