A água é o elemento mais importante do aquário, ela é
vida e veiculo para os diversos animais que nele habitam. O aquarista deve
atentar para cuidar e mantê-la sempre dentro das condições básicas exigidas e
evitar que os elementos nocivos nela inseridos, como restos de comida, folhas
de plantas mortas, fezes e urina dos peixes, parasitas, etc. sejam eliminados e
retirados. São inúmeros os cuidados que devemos tomar, inclusive na escolha da
água que usaremos no nosso aquário, abaixo estão os itens mais importantes para
que tenhamos o ecossistema do aquário o mais sadio possível.
Quando montamos o nosso aquário e colocamos finalmente
a água, devemos esperar antes de colocar os seus habitantes (os peixes), isto
para que seja feito o processo de "maturação" da mesma, isto leva em
média de 2 a 3 semanas. Neste período a água irá sofrer processos físicos,
químicos e biológicos. Muitos aquaristas, durante estes primeiros dias,
assustam-se ao notar que aquela água cristalina, após sofrer as reações
iniciais fica um pouco turva e leitosa, isto é normal, pois é um processo que
está ocorrendo que é a proliferação de bactérias. Não há que se preocupar, após
alguns dias e com o uso do filtro, a água novamente tornar-se-á límpida e
transparente e é assim que se deverá manter, exigindo apenas cuidados de
manutenção através de sifonagens e trocas parciais.
A cor da água é o melhor indicativo para o aquarista de
possíveis problemas no aquário e são 4 as condições de cor possíveis de dar
este aviso de: tudo O.k. !, cautela, cuidado e socorro.
CRISTALINA... É como deve ser a água do
aquário, isto indica que ph, dh e todos os elementos nela contidos estão
estabilizados e os peixes de boa saúde.
TURVA... Esta condição da água indica uma proliferação
de bactérias, que pode estar sendo provocada pela falta de cuidados, excesso de
excrementos ou restos de comida no substrato e até por excesso de peixes
(superpopulação) no aquário. Se o problema for excesso de excrementos ou restos
de comida no substrato, devemos fazer uma boa sifonagem no substrato e neste
caso não é aconselhável apenas à troca de água, pois isto iria provocar um
aumento a mais de bactérias, o correto é fazer a sifonagem e uma boa filtragem
utilizando um bom filtro que a água voltará a ser cristalina.
VERDE... Quando isto ocorre, devemos tomar
cuidados e verificar se não está ocorrendo um excesso de algas verdes que
apesar de serem benéficas e servirem de alimentos para a maioria dos peixes,
pode provocar dois problemas. O primeiro é quanto ao visual (aspecto) do
aquário que fica prejudicado e o segundo e mais sério é que o excesso de
algas verdes microscópicas concorre com os peixes pelo oxigênio e também que
estas algas ao morrer provocam a formação de gás carbônico que é prejudicial
aos peixes e pode até matá-los.
O
modo de controlar as algas verdes é através do controle da iluminação. Basta
diminuir a iluminação e fazer uma boa limpeza dos vidros do aquário (existem
técnicas para isto) e as algas verdes estarão sob controle.
MARROM... Esta condição da água é séria e é
provocada por uma insuficiência de luminosidade que provoca a falta de oxigênio
dissolvido na água devido a pouca função clorofiliana e que irá gerar o
aparecimento de algas marrons (nocivas aos peixes). A solução para esta causa é
providenciar uma boa alimentação e as algas marrons irão desaparecer do
aquário.
ESCOLHA
DA ÁGUA... Alguns
aquaristas usam água de torneira, outros água de cisterna, água da chuva, água
do rio e até água mineral. Qual é melhor? Não existe diferença na sua
composição, o que existe são elementos nela contidos que podem ocasionar danos
aos peixes, microorganismos e bactérias úteis no aquário. A primeira água do
aquário não representa problema, pois um aquário quando novo exige um tempo
depois de montado, quando ficará com os equipamentos ligados e em funcionamento,
porém desabitado, isto é chamado popularmente de maturação. A água que será
usada para repor o nível pela evaporação, pela sifonagem e trocas
parciais, está exige cuidados, de preferência deve ser da mesma fonte que a
água anterior, seja ela de que origem for isto para que não tenha grandes
diferenças em seu teor.
Quem
quiser fazer uso deste artifício é só seguir a receita:
Nossa água contém por motivos higiênicos pequenos quantidades de cloro e cloramina. Essas substâncias são muito prejudiciais para as plantas e os peixes. O cloro desaparece por si só depois de umas poucas horas, mas a cloramina fica na água por muito tempo. Portanto antes de colocar água em nossos aquários é necessário adicionar um condicionador que neutralize o cloro e a cloramina.
ANTI-CLORO
CASEIRO...
A
Receita
Os
reagentes podem ser conseguidos em farmácias, laboratórios e fornecedores de
produtos químicos, são baratos e dada a pouca quantidade necessária irão durar
por muito tempo.
100 g de tiosulfito de sódio. (ou
hiposulfito de sódio)
Um litro de água destilada.
PREPARAÇÃO...
Dissolva
100g do hiposulfito no litro de água agitando o reservatório. Guarde em uma
garrafa fechada em um lugar fresco e arejado e abrigada da luz.
DOSAGEM...
Use
1 gota da solução para cada litro de água, em alguns minutos sua água estará
livre do cloro e da cloramina. É conveniente revolver a água, isso assegurará
uma oxigenação e eliminação dos excessos do tiosulfito (hiposulfito).
ADICIONANDO BABOSA (Aloe Vera)
Para
preservar a integridade do peixe usamos um extrato de Aloe Vera que é um
colóide orgânico que forma uma película sobre o corpo, preservando o seu muco
natural.
PREPARAÇÃO...
Corte
uma folha de babosa (folha grossa). Corte o equivalente a uns 3 cubos de gelo,
retire a casca grossa e deixe somente a substância gelatinosa que tem no seu
interior e adicione a solução que fizemos com o hiposulfito de sódio.
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